Sono do Amor
Ah! Tarde de Cobre, e noite tardia;
o torpor do meu corpo à espera do teu,
encostar-me nos teus braços e arrematar
este amor de fancaria.
Embrenhar-me nos vales dos teus seios,
entorpecer-me com seu perfume,
e no afã desta carne ardente,
enveredar-me em seus devaneios.
Adormecer-me num sono fetal,
e saciado, despertar-me num véu
com este corpo são e cálido,
de patranha inocência misturado ao teu.
Ah! aurora intrépida e clara
de pássaros assanhados, falantes
espreitam-me, para em meios panos,
postar-me para novos planos.