Sono do Amor

Ah! Tarde de Cobre, e noite tardia;

o torpor do meu corpo à espera do teu,

encostar-me nos teus braços e arrematar

este amor de fancaria.

Embrenhar-me nos vales dos teus seios,

entorpecer-me com seu perfume,

e no afã desta carne ardente,

enveredar-me em seus devaneios.

Adormecer-me num sono fetal,

e saciado, despertar-me num véu

com este corpo são e cálido,

de patranha inocência misturado ao teu.

Ah! aurora intrépida e clara

de pássaros assanhados, falantes

espreitam-me, para em meios panos,

postar-me para novos planos.

Paulo Acácio
Enviado por Paulo Acácio em 04/11/2010
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