Ânsia sem êxito

De momento posso provar o sumo da fruta

Contemplar a doçura do suco em teus lábios

De santa que velo teu corpo com minúcia de pureza

O pêlo e o cheiro exalam vontade que reluto

Perdoa a castidade que me emprega por instante

Tenha certeza que desejo teu pecado junto do meu

O calor atordoa o menino que se nega tornar homem

Não lhe culpo se desejar teu corpo satisfazer-se com outro

Peço que se sacie e volte sem a carne, mas com a alma feliz

Não extirpo do meu leito tua pele, tua língua e teu prazer

E em minhas mãos ainda adormecem os teus seios

Desculpo-me, mas agradeço pela eternidade que inda há de vir...

(Eduardo Andrade)

Eduardo Andrade
Enviado por Eduardo Andrade em 03/11/2010
Código do texto: T2595438