Ânsia sem êxito
De momento posso provar o sumo da fruta
Contemplar a doçura do suco em teus lábios
De santa que velo teu corpo com minúcia de pureza
O pêlo e o cheiro exalam vontade que reluto
Perdoa a castidade que me emprega por instante
Tenha certeza que desejo teu pecado junto do meu
O calor atordoa o menino que se nega tornar homem
Não lhe culpo se desejar teu corpo satisfazer-se com outro
Peço que se sacie e volte sem a carne, mas com a alma feliz
Não extirpo do meu leito tua pele, tua língua e teu prazer
E em minhas mãos ainda adormecem os teus seios
Desculpo-me, mas agradeço pela eternidade que inda há de vir...
(Eduardo Andrade)