LIBERDADE ACORRENTADA
Olha-te no espelho, pobre homem
Nada sois sem meu amor
se hoje gritas tua liberdade
e, belo, te ofereces ao dispor
é tão somente por eu te buscar
por tantas vezes te libertar
dos demonios que ainda te consomem
Em tantos anos entre idas e vindas
por tantas vezes te busquei na sarjeta
dei-te colo, carinho, alimento, abrigo
Comigo, como escudo, protegido
fostes mais que amado, fostes ungido
e teu agradecimento tem sempre sido
mentiras, mania de grandeza e indelicadeza
Com a humildade que só a sabedoria proporciona
curvo-me diante do nosso eterno caminhar
Deus, de ti, nunca terá piedade
pois, com a tua maldita vaidade
ofendestes, destratastes, afrontando não a mim
Mas ao Deus a quem pertenço e tanto te chama
E é Ele quem afirma que sou e sempre serei tua dona
Não caminharás nada sem meu amparo caridoso
não terás abrigo, nenhum amigo e viverás em perigo
E este deus que tu dizes te proteger, é nada diante da verdade
dos teus furtos, das tuas mentiras, tuas traições e hipocrisias
Nenhum perdão te será dado, nem que implores ajoelhado
E tuas conquistas serão apenas castelos de areia molhada
pois o alicerce que tens para construir teu futuro
é este redemoinho de lagrimas por mim derramadas.
By Lou de Olivier - 21/08/2010