Aparências

Abro a camisa e mostro o peito aberto

Diante das arruaças de um mundo perverso

Que obliteram o bem para que o mal seja consumado.

Minha coragem avança oblíqua e destemida

Para provar quão primorosa é a vida

E não deixar que os olhares fiquem inertes e ofuscados.

A cada segundo um novo arraial se instala

Para oferecer às trevas o gosto amargo do dissabor,

Nas conchas do dia onde sabotaram o amor

O mal desfila transfigurado em trajes de gala.

Inexoravelmente as horas se passam e dão ao tempo

A magia de renovar-se em seu ventre,

O mal é efêmero, o bem vence sempre

E aí está a fotografia do verdadeiro sentimento!

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Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 02/11/2010
Reeditado em 02/11/2010
Código do texto: T2593297
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