Weit weg...
Quão cruéis e injustas são as horas que nos separam
Maldito é o tempo que nos fez passar tão depressa pela estrada
E ao olhar pra trás, já não me lembro se as marcas foram feitas no caminho, ou se foi o caminho que produziu as marcas....
Nosso tudo se desfez numa tarde fria de verão, e pensar que algumas horas antes estávamos à beira de conquistar o mundo! E o mundo nem sequer sabia que alguém o havia conquistado...
Eu hoje espero à porta alguma voz contente que me chame, eu hoje sento-me à mesa e procuro esperanças nos olhos da frente... mas então só escuto o silêncio que me queima na profunda solidão das horas mortas, que me agride como os dias de chuva, que me cala como os dias de sol...
Quem me dera ser apenas saudade, e quem me espera se um dia eu chegar?
Eu ainda ando por ai, e a memória rude de um passado bom me persegue como a sombra ao meio dia, olho pra frente e vejo apenas um espelho que me mostra o caminha de trás... sem fim! Sonhei como o servo que sonha em um dia ser rei, mas cai da cama e ao acordar vi que ainda era eu...
Olhei para o céu de onde outrora soia ter esperanças, mas o Cristo dos homens ali já não estava, e tudo me doeu outra vez como se fosse de novo a primeira vez!
O azul que antes me encontrava no verde dos teus olhos me faz hoje gris... como o lutador vencido no primeiro assalto na única luta que tinha como certa...
Cri! E como tive fé demais fui enganado... traído pela própria vaidade cega de ser grande!
Cri! E como quem ontem gastou a única fé que tinha, sigo como quem hoje derrama a única fé que tem...