E eu nem sequer cheguei a saber…
O teu nome real
Pois é aquilo que damos
Para comprovar o nosso ser
A nossa identidade
E tu nunca chegaste a faz tal
Em relação a mim
E é essa marca impessoal
Que obscura o afecto
E que ficará
Para a nossa eternidade
Qual a tua verdadeira face
Para além das aparências
Porque nas leis da afeição
Não escritas
Mas assumidas
Vive-se com igual intensidade
A alegria
A dor
E nós de facto nunca chegámos a viver
Essas diferentes valências
E quando chega a hora de acertar as contas afectivas
É isso que prevalece
Que deveria prevalecer
Para além das máscaras
Porque de facto
A tua alma
O teu real rosto
Nunca cheguei a ver…