E eu nem sequer cheguei a saber…

O teu nome real

Pois é aquilo que damos

Para comprovar o nosso ser

A nossa identidade

E tu nunca chegaste a faz tal

Em relação a mim

E é essa marca impessoal

Que obscura o afecto

E que ficará

Para a nossa eternidade

Qual a tua verdadeira face

Para além das aparências

Porque nas leis da afeição

Não escritas

Mas assumidas

Vive-se com igual intensidade

A alegria

A dor

E nós de facto nunca chegámos a viver

Essas diferentes valências

E quando chega a hora de acertar as contas afectivas

É isso que prevalece

Que deveria prevalecer

Para além das máscaras

Porque de facto

A tua alma

O teu real rosto

Nunca cheguei a ver…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 01/11/2010
Código do texto: T2591025
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