O ACALENTAR DOS SONHOS...
Tarde... Céu azul
Zumbidos no espaço,
É a cigarra,
É a flor,
É a brisa.
Fim de tarde, a desmaiar
Se for cigarra há de cessar;
Se for flor, nada mudará;
Se for brisa, brisa será,
Estarei dentro dela,
Enorme e confusa,
Sentirei as lágrimas,
O crescer do coração.
Recosto a cabeça
Nesta tarde que cai...
Qualquer coisa,
Além do vazio
Hei de encontrar...
No abandono de meus olhos cerrados,
No deslizar sem pressa das coisas.
A brisa suave diz:
“Olha
A vida é um rio,
É preciso falar baixo,
Acalentar em silêncio o sonho,
Chorar baixinho,
Para não acordar o sono
Das cachoeiras.”
Sonolenta...
Coloquei uma música suave
Apaguei a luz...
Suspirei... Suspiro profundo
Queria um amor ao meu lado,
Mas este amor... Não sei onde está,
Por isso não tenho ninguém
Para uma boa noite dar.
Adormeci...
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