Olhar

Gotas de silêncio,

chuvas de solidão,

medo com receio,

raio e trovão...

Ruínas de um desejo,

desenhado pelo pecado,

não será involuntário,

a vontade de gritar,

te amo!

De que adiantaria,

se só você escondia,

o medo de me amar.

Quando parava de pensar

uma angustia me nutria,

as coisas começam assim,

abstratas com covardia.

E ainda assim,

é surda minha fala,

quando tu me escuta,

apenas cala.

A vontade

é de expressar,

só pelo olhar,

você já me conhece,

nunca irá chorar...

Desejo tudo,

do impossível,

a perfeição.

Do canto,

teu olhar,

embebecido de receios,

perdão.

Mas o que posso fazer,

você vive a se esconder,

eu vivo a te perseguir,

por quê?

Deixa eu partir,

mesmo sem querer,

quando olhar para trás,

vai ver,

meu olhar entristecido,

doido pra voltar,

ferido.

Rogildo de Oliveira
Enviado por Rogildo de Oliveira em 30/10/2010
Código do texto: T2587757
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