Olhar
Gotas de silêncio,
chuvas de solidão,
medo com receio,
raio e trovão...
Ruínas de um desejo,
desenhado pelo pecado,
não será involuntário,
a vontade de gritar,
te amo!
De que adiantaria,
se só você escondia,
o medo de me amar.
Quando parava de pensar
uma angustia me nutria,
as coisas começam assim,
abstratas com covardia.
E ainda assim,
é surda minha fala,
quando tu me escuta,
apenas cala.
A vontade
é de expressar,
só pelo olhar,
você já me conhece,
nunca irá chorar...
Desejo tudo,
do impossível,
a perfeição.
Do canto,
teu olhar,
embebecido de receios,
perdão.
Mas o que posso fazer,
você vive a se esconder,
eu vivo a te perseguir,
por quê?
Deixa eu partir,
mesmo sem querer,
quando olhar para trás,
vai ver,
meu olhar entristecido,
doido pra voltar,
ferido.