O VERMELHO E O NEGRO
Saúda - me o vento, e ele é forte e ele é belo!
Saúda-me a vida; em reboliços vendavais!
E ela é bela e ela é forte, é rija no anelo,
Que no meu corpo faz, cinge-o, n’um amplexo de ais!
Saúda – me a dor e ela é bela e ela é intensa e com zelo,
Saúda – me estalando os dedos, sorrindo dos meus; mais,
Saúda-me um torto e ele é feio é dado morto selo,
Saúda-me, esta espécie de homem, vivo em meus sais,
Nego-o! O que vês não é o que sabes, deste nada, sou demais,
Sou mais, este vento que sopra a chuva, não sou este gelo,
Que esfria o sol dos teus olhos, eu nego, que navego sem cais;
Meu atracadouro tem lugar, nas amarras do singelo.
Saúdo – te! Oh! Vida, e és tu bela e ela é forte e ela me acena
Tem no bojo o amor! E ele é belo e ele é forte, e ele! Amena!
Saúda - me o vento, e ele é forte e ele é belo!
Saúda-me a vida; em reboliços vendavais!
E ela é bela e ela é forte, é rija no anelo,
Que no meu corpo faz, cinge-o, n’um amplexo de ais!
Saúda – me a dor e ela é bela e ela é intensa e com zelo,
Saúda – me estalando os dedos, sorrindo dos meus; mais,
Saúda-me um torto e ele é feio é dado morto selo,
Saúda-me, esta espécie de homem, vivo em meus sais,
Nego-o! O que vês não é o que sabes, deste nada, sou demais,
Sou mais, este vento que sopra a chuva, não sou este gelo,
Que esfria o sol dos teus olhos, eu nego, que navego sem cais;
Meu atracadouro tem lugar, nas amarras do singelo.
Saúdo – te! Oh! Vida, e és tu bela e ela é forte e ela me acena
Tem no bojo o amor! E ele é belo e ele é forte, e ele! Amena!