Não esperes…
Que me esvaía
Em lágrimas
Que depois de secas
Dai a uns anos
Apareças
E as tente secar
Sim
Deves ter lido algures
Que o amor
É para sempre
E tal
Esperas
Quando apareceres do nada
Possamos
Partilhar…
Esquecendo
Que todos os dias eu morro
Sem ti
Todos os dias renasço
E por isso o amor
É para quem me acompanha
Sempre
Quem está comigo
De uma forma
Bem real
E não aparente…
E todos os dias
Rebenta uma bomba atómica em mim
Que destrói tudo
Para o tudo
De novo brotar
Porque eu vivo mil vidas
As mesmas
São todas iguais
Ao contrário da tua
Única
Que consegues
Ter diferentes formas de estar
Que te desvirtuam
Te dão diferentes rostos
Porque eu sou eu
De uma forma real
Concreta
E não meramente
Aparente
Este sou eu
Nos meus futuros
No meu presente…