TANTO, TANTO!
Gosto da poesia de versos livres.
Nela, livre, posso inventar um verso raro:
- Eu te amo Esperança -
Sem me ocupar com a métrica das minhas esperas,
Nem trabalhar as rimas que meu amor confesso não tem.
Assim posso, do mesmo modo, livre, inventar outro verso com tamanha raridade:
- Esperança, por Deus, como eu te amo!
Mas bom mesmo é poder dizer, aprisionado no meio dos versos livres,
Como, cativo, lhe digo ao pé do ouvido,
Quando enamorado eu, me faço temporais no oceano dela
E apaixonada ela, se faz turbilhões no meu ramerrão:
- Mulher, eu te amo tanto. Tanto!
(O big bang parece acontecer entre quatro paredes e dois corações.)