MEU EU VERDADEIRO!
“Eu faço versos como quem chora
De desalento...de desencanto
Eu faço versos como quem morre."
Manuel Bandeira (1886-1968)
Sinto nas flores
as tantas dores
dos meus amores;
folhas caídas
no chão, perdidas,
descoloridas...
Eu amo o mar
quando o luar
lhe vai beijar;
amo a beleza
da natureza,
amo a incerteza...
Amo teu ser
que posso ver
e não vou ter...
Eu amo a praça
onde ela passa
cheia de graça ...
Quero ser forte,
mesmo sem sorte
até a morte;
quero ser nobre:
isso não encobre
que sou tão pobre.
Eu sou tão rico
e quando fico
tão só, dedico
meu pensamento
pra alguém que o vento
faz meu momento
ser mais feliz;
a vida diz:
fui eu quem quis;
minha razão,
meu coração,
gritam que não...