Eu, o menino, tu, você, a Flor, e os deste amor

Se nega teu corpo a mim,

Tremo quando você o atira a outros corpos

Se não o meu, oh! Teu Deus... Não me contenho

Tenho que sentir arder dentro de mim

Um sentimento correto e errado ao mesmo passo

Pois, você não é minha propriedade

Por isso nada vale meu ciúme incontido

Meu amor, meu anjo, minha querida.

Que necessidade tenho de te chamar de minha

Oh! Meu amor, sei não, é difícil

Mas, não deixa de ser amor

Desculpa por minha posse não anunciada

Queria teu corpo e dominar tua calma

Como se sua serenidade fizesse parte

Da minha pessoa mal formada

Como parte perfeita integra quem não é?

Coisas desta menina,

não sei se gosta de que te chame de mulher.

Me sinto tão glorificado quando o faço!

Oh mulher maravilhosa de corpo fenomenal!

Mesma menina de ares bons, é Angelical!

Mas, como toda a alma se toma por fogo!

E grita como se estivesse enraivecida!

Oh! meu amor, que é divindade profana

Ama o menino que não se vale de artimanhas

Só de Manhas e Artes, par te agradar

Pois, esta, segundo ele, é uma forma de amar.

Ama seu menino que não se nega a fazer pequenas coisas

E nem as grandes, se for recompensado com tua felicidade

Pois teu sorriso é o que o alegra mais!

A minha felicidade é a tua, e capaz!

Minha tristeza, eu guardo no peito, a tua, mostre a mim

Veja que tu és flor de aroma mais completo

Delicia de sabor mais admirável

Salga o peito sedento com teu suor trabalhado

Oh! esforço ao que nos dar prazer, recompensável!

E se te vejo logo sorrio, logo me animo

Como se começasse para ti outra carta longa

Não sei, meu amor, o que acha das minhas cartas

Tento sempre escrever o que eu sinto

E o que queria sentir... Sou forte e ao mesmo tempo fraco!

Pois o que me fortalece é que me deixa submisso

E o próprio amor o que não mais é que só isto?

O que toca a terra e a deixa muito salgada

A ponto de não germinar esperança de uma rosa depenada

Nem se quer chance, a flor tem para se despedaçar!

Pois, quem não nasce, não sofrerá; quem vive não tem como escapar.

Se uma presa sofre com as garras do mais forte

Não adianta saber onde ela está? Se lá ou no seu lugar?

Oh! Sim, importa, pois é melhor morrer na terra própria

Pois, só aí, terás alguém para sofrer por tua morte.

Não queira que ninguém chore quando fores embora...

Pois, se não chorarem, é sinal de que não fez diferença,

Como a significância duma dália para um ciclope!

Mostra-se a insignificante dália para a Quimera

E o ser corre como a liberdade corre da cruz!

Pois a beleza incomoda os olhos escárnios

Por isso, amor, não ligue para o que falam de nós

Estão inquietos, por quê a beleza do nosso sentimento

Corrói as vistas que nos mal fitam.

Não se importe, eles se irritam e somente.

Então eu sou terra fértil para tua raiz, Roseira

Sou quem cultiva teus espinhos, não os deixo quebrar

Pois, se perderes os defeitos, não humana mais será

E não poderá me amar, pois ser divino não deve

Se profanar até este ponto!

É o que dizem, mas, o amor talvez seja

O que difere os homens e animais...

Pois o amor até certo ponto é capitalista

Já que chama as coisas como se fosse propriedade

O amor é humano, tem lados bons e ruins

O amor é construído do mesmo tijolo que se faz o ódio

Tijolos fortes, o que lhes dão particularidade é quem os habita

Pois, os cômodos, se do ódio, prendem;

Se forem do amor, aquecem, protegem.