Soneto (ao meu primeiro e único amor)

Tendes vós olhar oblíquo de jabuticaba madura

Vossos lábios são de doce mel da cana caiana

Vossas mãos pequeninas são de repleta brandura

Tendes vós abraço apertado que de vez nos engana

Coloque-me arreios para com qual vossa vontade

E sussurre em meus ouvidos palavras de sinceridade

De coxas e peito nus vejo vosso corpo no meu enroscado

Minha poesia ajuda-me a amar-lhe e faz-me encorajado

E nas tardes de domingo eu penso em vossa alma

E o resto da noite a vossa existência é o que me acalma

És a Santa mais bonita que eu velo no oratório

E nas noites de tormento alenta-me vossa ternura

Beija-me, pois vos mostrei boa porção de bravura

Foi minha musa nestes versos e fez-me talvez notório

(Eduardo Andrade)

Eduardo Andrade
Enviado por Eduardo Andrade em 28/10/2010
Código do texto: T2583109