DEPENDÊNCIA
DEPENDÊNCIA
Nas vertentes do teu corpo desnudo
minhas mãos eu não posso controlar
meu olhar naufraga mudo
neste convite a me entregar
Perco-me nestas águas quentes
onde meu corpo mergulha
e entre gemidos frementes
todo o meu ser borbulha
Uma tempestade de desejos
explode entre sussurros e beijos
na loucura que domina, inebriamos
bêbados de amor nos entregamos
Dependência, atração, apego
sempre uniu tão bem nós dois
da tempestade ao sossego
e novamente somos dois depois
Célia Jardim