A menina de vermelho

Um homem de chapéu de palha

Uma menina de vermelho

Esperando o pai chegar

Uma mulher corpulenta dentro do carro

Avô e neta prozeavam:

Primeiro sobre a distância

O sítio e um pedacinho de modernidade.

Era bela!

Fiquei a fitá-la.

Vi suas curvas semidelineadas,

Seus cabelos vistosamente macios

Sem muitos cuidados, eu pude perceber.

Não precisava mais!

Chamativo era seu busto

E o espaço, quente.

Na lascívia da inspiração,

Pensei besteira.

Nítida semelhança de menina do interior:

Olhar disperso e meio inquieta.

Era linda na sua humildade,

Mas não era para mim!

Não com aquele rosto de criança,

Pedindo proteção!...

Eu precisava de alguém destemida,

Com sutileza nos gestos e firme nas conquistas.

Eu prefiro alguém que minta,

Que ouse e me faça correr riscos

Que pareça independente, mesmo não sendo

De olhos castanhos ou verdes!

Que use rosa,

Não vermelho!

(Poesia escrita provavelmente entre 2003 e 2004)

Elmer Giuliano
Enviado por Elmer Giuliano em 26/10/2010
Código do texto: T2578895
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.