Aqui ao longe

E eis que o espelho
Que o refletia em seus olhos
Quebra-se em mil pedaços
De indefectíveis prismas
E que o tilintar de vidros
Sangra seu coração
E transborda em cor
Presença de compaixão ...
E então ela o vê afinal
Tal qual ele se revela
E eis que lhe oferece
Tanto a vida quanto a morte
Entrega a suculenta fruta
A seu mais intenso deleite

E quando lhe rompe as entranhas
Como se fora uma virgem...
Adentra no Paraíso

E faz-se festa em sua alma
Floresce em goso e frescor

E assim ela volta a ser
A dona de seu coração
E é resgatada por ele
Seu soberano senhor
E aceita o seu amor...


Lídia Carmeli
Enviado por Lídia Carmeli em 25/10/2010
Reeditado em 23/08/2011
Código do texto: T2578187
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