Memórias Partidas

Há uma incessante vida

De sonhos e páginas lidas

Um frenesi infla memórias partidas

Como grandes flores esmaecidas

Cujo sonhos latejantes me quebrantam

Como um outono que tudo transforma,

Em folhas secas no chão

O tremular da carne, pálpitos do coração

Cercam meu corpo desordenadamente

Dias e noites em solitária explosão

Mas, há uma incessante vida

Que persiste em dar-me guarida

Heranças perdidas, desunidas

Como uma esfera em desordem

Ainda uma respiração viva!

Uma luz de fulgor insistente

Aos ardentes e úmidos olhos da ilusão

Há uma incessante vida

Que faz-me quedar de paixão

Substituindo meu chão

25/10/10

São Paulo - SP

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