Todas as mulheres são diferentes

No início, no meu meio e no fim

Ainda não tive mais que um amor incompleto

Uma amada perfeita, um sentimento perfeito

Mas, minha alma ainda vaga desorientada

Não sei onde mais terminam as coisas.

No início e não tive alma ou a tive

Estava, se não sumida, muito cândida

Vi então que o mundo não era esperar

Se amanhã, para brincar, se o sol sairá

O sol sai quando quer – eu não sabia.

Quis me atrever, agora mais velho

A cortejar um coração, veja no que deu:

Paixão, severa tempestade inóspita!

Que lhe tira qualquer abrigo

Para que, de joelhos, imploremos proteção.

Oh! Todas as entidades incompetentes

Que cuidam do equilíbrio da nossa mente

Livra o coração do corpo! Pois, não precisamos,

Comemos, bebemos, caçamos,

Mas, como nos prende esta coisa: amamos.

Quem foi o pérfido espírito que nos fez assim?

Quem ama sem razão, e se com esta, não ama

Que faz dos joelhos as próprias mãos!

A tentar ajoelhar no labirinto que mesmo fez

Pois, o amante constrói o seu próprio desespero?

Se todas as mulheres fossem divinas como ela

Pensei. Eu ficaria completamente insano!

Tentaria de todas as formas a todas amar

Mas, tão contrário seria minha fidelidade!

Por isso, as mulheres são diferentes.