Complexo de Andra

Já é tarde,

minha vida em pedaços,

ela apenas sente muito,

não dá valor ao passado,

uma frase persiste.

Esqueça-me!

É como um tiro no coração,

fazendo com que o sol escureça,

as lembranças não se desfazem,

nelas estão meu abrigo,

uma dor maior me invade.

Velo meu próprio sepulcro,

ainda assim saboreio a espera,

com gosto amargo da paciência,

meu corpo se degenera.

Pouco a pouco a onipotência,

se desfaz com saliência

e a necessidade de tê-la comigo,

me enterra silenciosamente,

com toda violência...

Rogildo de Oliveira
Enviado por Rogildo de Oliveira em 24/10/2010
Código do texto: T2575781
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