Delírios

Vasculhando minha alma

Imagino com receios

Os contornos dos teus seios

Pulsando na palma da mão...

Por um instante me vejo

Entre o desejo e a razão!

Nesse dilema me mato

A consciência de sábio

Tocam-se meus sonhos a seus lábios...

Nasce silenciosamente um beijo.

Os lábios ateam fogo

Somos peças de um jogo

Que só é vivido a dois.

Arde este corpo de fome

A cura vem - me consome

Recomeça tudo... depois!

... E no vazio do quarto me embalo

na tua imagem - me calo...

Traço suas curvas nuas!

Para enganar meus desejos

Abro os olhos e te vejo

Do outro lado da rua!

Clodoaldo Dias dos Reis