A ermo percorria os vales da procura,
Ocaso em confidências delirantes.
Fragilizado sepultei-me ainda vivo,
Ecos de um funesto sentimentalismo.
A prognóstica morte calcou-me os pés,
Desdém de um exímio entregar-se.
Arquitetei ao ego um sobejo de uma ventura,
Despojando-me da ingrata sorte.
Na fonte do prazer ousei-me em ambição,
Mirando aquela que em fantasia amei.
A minha solidão findou-se esperançosa,
Presença concebida do meu zelo.
Por capricho penei em dores,
Sufocado pela ausência de ti mulher.
Já cansado deparei-me defronte a beleza,
E sobrenaturalmente vieste ao meus braços.
Eis um homem pelo amor rendido,
Um milagre entre tantos concedido.