Atravessei estradas desertas,
Afundei nos precipícios da agonia.
Senti as úlceras do afeto perdido,
Derramei lágrimas e sangue da alma,
Pelas feridas de um amor que acabou.

Sozinha...

Senti o peso da marcha...
Gritei ao vento palavras sofridas.
Travei o coração para o amor,
Conheci a face escura da Dor.

Na sala e na cama vazia...

Minhas companheiras...
Eram fotos e as cartas rasgadas.
Com a alma padecendo assombrada.
Sem ter forças...

Eu seguia morrendo a cada dia.

Foi quando eu olhei para uma nova estrada,
E no meu caminho ele cruzou.
Dizendo que por mim estava encantado,
E queria provar meu sabor.

Com um sorriso buliçoso e iluminado,
Foi assim, que ele me abordou.
Falou que em minhas mãos encontrou,
O calor que o seu coração sempre sonhou.

Disse-me que ainda não conhecia,
O verdadeiro paraíso do amor.
E sentiu ao mirar os meus olhos,
Uma força que o seu peito estranhou.

Agora eu sigo essa passagem,
Cantando uma nova canção.
Sinto em seu colo uma paz,
Que traz vida ao meu coração.

Hoje os meus olhos conhecem,
A Face de um Novo Amor que brotou.
O meu nome nas areias da praia...
Com carinho, ele desenhou.

De mãos dadas seguirei a sua estrela,
Com a benção do nosso Senhor.

Didinha Albuquerque
Enviado por Didinha Albuquerque em 19/10/2010
Reeditado em 21/10/2010
Código do texto: T2566582
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