Flor do campo

Sinto a falta deste perfume

Da brisa que me consolava

Do brilho de duas pétalas castanhas

Do caule que tanto me fascinava

Fazia luz em manhãs ensolaradas

Chovia forte em tardes nubladas,

Mas você mantinha toda a beleza

De flor do campo selvagem e impostada

Como era bom sentir

O cheiro de terra molhada

Agora só me resta exprimir

Verso por verso de uma toada

Hoje não há mais vento

Amanhã não haverá razão

Hoje fica apenas a lembrança

Deste campo e solitário coração.

21/8/98

GILBERTO RUFINO
Enviado por GILBERTO RUFINO em 19/10/2010
Código do texto: T2565220
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