Flor do campo
Sinto a falta deste perfume
Da brisa que me consolava
Do brilho de duas pétalas castanhas
Do caule que tanto me fascinava
Fazia luz em manhãs ensolaradas
Chovia forte em tardes nubladas,
Mas você mantinha toda a beleza
De flor do campo selvagem e impostada
Como era bom sentir
O cheiro de terra molhada
Agora só me resta exprimir
Verso por verso de uma toada
Hoje não há mais vento
Amanhã não haverá razão
Hoje fica apenas a lembrança
Deste campo e solitário coração.
21/8/98