Ah! Esse homem... (cade?)

Num olhar, sem notar...

Com encanto, entretanto imaginando,

Viu-se à luz da manh.

O arvoredo dizia soprando, murmurando, calado...

O vento alado era a inspiração.

Mas quando o sabia cantou

- Nosso poeta - tudo se calou:

Acenderam-se os olhos!

Caiu o primeiro orvalho...

Asas buscavam ganhos

Expostos ao vento - gemeram.

Frágil canto da ilusão abriu ouvidos

Então,

Canários ávidos em festa...

- Morria o segundo verso!

Viu-se a flor,

A cor,

A trilha...

Notas sonoras?

Cantigas?

-Um assovio profano -

Sim! Chegou o ser - Humano?

Clodoaldo Dias dos Reis

Dias Reis
Enviado por Dias Reis em 19/10/2010
Código do texto: T2564778