Amor...
 
O Amor soprou o vigor em mim,
recobrou minha mocidade e alargou o meu sorriso.
Apresentou-me caminhos nunca andantes
abriu fendas, recolheu pedras.
 
O Amor enfrentou tormentas
desafiou as mais temíveis feras.
Inebrio-me e sinto que minha
alma encontra-se enamorada.
 
O Amor me desarmou
tirou-me as reservas
fez-me acreditar que me
acompanharia.
 
O Amor não ficou...
E eu me vejo ainda ancorado
viciado, entorpecido pelas
lembranças que de tanto pulsar
chegam a assustar.
 
Hoje eu rondo todos os espaços que antes eram nossos.
Vago pelas ruelas que testemunharam o nosso amor.
Procuro tua companhia para minha solidão.
E quando perguntam por ti eu não sei fingir
a dor que há em mim.
 
Amor... você foi e levou pedaços que eram meus!
Abundante estive de tua presença e hoje
empobreço de tamanha saudade.
Não queria, mas ainda sinto você...
 
Nunca pensei em exorcizar o Amor...
 
 
Imagem - Fonte: Google

Toni DeSouza
Enviado por Toni DeSouza em 19/10/2010
Reeditado em 03/04/2011
Código do texto: T2564727
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