... e teu olhar tem sido luz

E no meu momento de maior tristeza, conheci você...

de um jeito único? Sim. Inesperado? Talvez. Apaixonante? Com certeza!

E foi assim, meio sem querer meio 'nonsense' que você chegou aqui,

e invadiu! Hoje, sem saber, fui perdendo espaço, permitindo-me apaixonar...

percebi, quando já era tarde, que você havia tomado conta de tudo.

E como foi bom! Como gostei, mesmo sem saber como seria o após.

E agora, como fazer-te perceber o que sinto – sem parecer infantil?

como declarar-lhe meus sentimentos, excluindo o fator “sem jeito”?

Como dizer-lhe que nossas conversas para mim significam um pouco mais?

Como simplesmente iniciar uma conversa, sem querer te abraçar?

Como mirar tua face, sentir teu calor, sem ousar beijar-lhe os doces lábios?

Ai, ai! Doces ais do destino, gemidos da vida. Porque me atormentas?

Vida cruel – diziam-me alguns. Eu sei que não é fácil, mas é linda! Vida...

Quisera eu, pobre mortal, acudir-lhe aos suspiros d'alma, acalentar seus sonhos,

saber de suas dores, saná-las. Estar perto. Somente. Acariciá-la. Ser seu desejo!

Desejos... sonho ser isso tudo – para alguns, pouco; para mim, um tudo!

Estar com você, estar perto, saber de você, tocá-la. Para mim... tudo!

Saber onde está seu coração, a quantas andam seus sentidos, isso sim...

Crueldade severa, pratico a mim mesmo, privando-me do sabor seu;

escondendo de meus sentidos, teu olhar, sereno, cheio de vida... minha vida.

E saber de você, tem sido um dia azul, cheio de luz... como o descreveria?

Sabe, sei que, mesmo sabendo que talvez soubesses, não sei se saberia...

o que digo, é que, não sei como se sentes, em respeito a mim, ou, a nós...

só o que sei, é que tudo que sei, é incerto quando olho para você...

e teu olhar tem sido luz, num momento necessário para mim... onde estou?

Não sei. Sei que estás sempre aqui... cuidando de mim, mesmo sem saber,

mesmo que talvez, sem querer, mas, tendo o cuidado de me fazer sabê-lo.

Pobre de mim, criatura pequena, comparado ao que sinto por ti, donzela...

Ai, ai, ai... tristes ais... assim cantam as aves, tristes são meus ais...

por não tê-la, apenas em pensamentos. Mesmo assim, contento-me, e aguardo.

Quem sabe um dia? Canta o amante:

- Terei você, em meus braços, assim como desejo.

jony marcos martins, 17/10/10

Jony Marcos Martins
Enviado por Jony Marcos Martins em 18/10/2010
Reeditado em 21/12/2019
Código do texto: T2564130
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