Canção pelo Absoluto…

Somos como dois flocos de neve

Que se perdem

Que se acham

No grande mar Universal

A navegar

Entre o frio

Dele e o nosso

Um frio glacial

Que apesar do calor que há entre nós

Como não o demonstramos

Ele não faz bem

Faz mal…

E assim

Para matarmos o frio

Para matarmos o tempo

Entoamos a

Canção pelo Absoluto

Porque apesar da causa ser perdida

Eu por ti luto…

Deixando-me levar nos teus braços da saudade

Pelos teus olhos que não me deixam dormir

Impedem-me de descansar

Porque não quero perder a tua imortalidade

Cada segundo da tua existência

Porque contigo quero ficar…

Ficar na tua voz

Ficar no que és

Ficar contigo

Nos beijos que te dou

Que mais do que jubilosos

Por vezes penso

Que são um desperdício…

Mas o amor

Nunca é isso

O amor

É uma causa

Tantas vezes sonhada

Poucas

Alcançada

O amor

É algo de mítico

Que me dá paz

Que me deixa louco

E assim

Na dicotomia dos sentidos extremos

Eu canto a

Canção pelo Absoluto…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 18/10/2010
Código do texto: T2564002
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