Canção pelo Absoluto…
Somos como dois flocos de neve
Que se perdem
Que se acham
No grande mar Universal
A navegar
Entre o frio
Dele e o nosso
Um frio glacial
Que apesar do calor que há entre nós
Como não o demonstramos
Ele não faz bem
Faz mal…
E assim
Para matarmos o frio
Para matarmos o tempo
Entoamos a
Canção pelo Absoluto
Porque apesar da causa ser perdida
Eu por ti luto…
Deixando-me levar nos teus braços da saudade
Pelos teus olhos que não me deixam dormir
Impedem-me de descansar
Porque não quero perder a tua imortalidade
Cada segundo da tua existência
Porque contigo quero ficar…
Ficar na tua voz
Ficar no que és
Ficar contigo
Nos beijos que te dou
Que mais do que jubilosos
Por vezes penso
Que são um desperdício…
Mas o amor
Nunca é isso
O amor
É uma causa
Tantas vezes sonhada
Poucas
Alcançada
O amor
É algo de mítico
Que me dá paz
Que me deixa louco
E assim
Na dicotomia dos sentidos extremos
Eu canto a
Canção pelo Absoluto…