TURBULÊNCIA
 
Fostes como turbulência,
um sonhar acordada.
volto a pura realidade.
Tal qual a tempestade
ao invés da bonança
deixaste me os estragos...
Se eu soubesse que ficaria
tão vazia e inútil sem você,
teria arrancado meus olhos
meramente pra não te ver.
Não estaria na da fímbria
olhando o mapa do pirata,
sem caminhos a percorrer.
Resta-me, tirar férias de você
então a chuva será só chuva
a música meramente barulho
o silêncio inquisidor: Padecer.
Nunca fostes meu, esquizofrenia...
Desci no porto errado, sem farol.
Campo minado, já sabotado.
Sem inspiração, sem transpiração,
Sem alforjes, sem acréscimos,
sem sua mínima consideração.
Sem um aceno na despedida,
de um lenço qualquer na mão.
Tão vazia, é provável que o vento
de compaixão me leve consigo,
imaginando ser folha de árvore
útil apenas ao desintegrar no chão.
Perdeste- me pra si mesmo.
Eis a mais pura conclusão.



Railda
Enviado por Railda em 18/10/2010
Reeditado em 12/11/2013
Código do texto: T2563541
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