Presa
O segundo que separa
A paixão do ódio
Está no momento
Em que percebo
Eu ser tão presa tua
E que já não sei dormir
Distante e nua
Sem teu estigma em minha cruz
E a vontade que vai
Fazendo da liberdade
Ponte para a escravidão
Na inverdade do meu não
Se transmuta em vaidade
Que sejas homem de verdade
Nos braços da Virgem o teu cárcere
Entre as pernas da Mulher a tua chave.