SONETO DA PRISÃO DO AMOR
Numa prisão onde quase tudo
Tenho, mas nem sei se quero
O tempo passa, nem me desespero
Quem sabe se um dia mudo
Quem disse que prisão é ruim
Não conhece a prisão dos beijos dela
Delirando, fico na janela
Debruçado, relembrando noites sem fim
Que me retiram o sono das onze
Fazem palpitar meu frágil coração
Parece que é lá que ela se esconde...
Meu corpo fica febril ao lembrar
Do lindo sorriso, que brilha de paixão
E da pele macia que hei de beijar!