LEMBRANÇAS MELANCÓLICAS DA SOLIDÃO (PARTE VIII)
Como um corcel veloz se passou o tempo,
Correndo incansável, forte e altivo,
Com sua crina ao vento,
Seus cascos deixando um rastro de fogo.
A chama que aquecia meu corpo por dentro
Foi se tornando cada vez mais forte,
Meu coração se tornou em brasa viva
Meu peito uma grande fornalha.
Meu deus grego me guiava pelo vale
Que foi se tornando sombrio, de repente.
Nuvens escuras mancharam o céu azul,
Chuva negra fazia frente.
Minha mente dava rodopios,
Eu via serpentes em toda a parte
Rondando o caminho.
Meu deus grego não era só meu...
Os deuses gregos amavam muitas mulheres.
Seus olhos de fogo se perdiam em outro vale
Queimando e ardendo.
Era a sua morada, o seu Olimpo!
Afordite estava lá, em seu ninho apaixonado
Esperando seu amado...
Enquanto ele invadia a terra
Se envolvendo com uma simples mortal...
Ah! Devaneios de minha alma!
Coração louco e desesperado
De uma paixão ardente e inexplicável!
As fogueiras crepitavam ainda mais quentes,
Uma súplica infindável!
Seus braços se tornaram ainda mais aconchegantes,
Ainda mais cativantes...
O vinho ainda mais vermelho, ainda mais doce!
O vale ainda mais escuro...