Tarde Demais

I

Não sei como explicar,

No meu peito essas bastonadas,

Fazendo minha pele ficar lívida,

Quando em você estou a pensar.

Quando estou a pensar, perdido fico em bruma,

Procurando um abrigo, procuro uma gruna.

Só assim posso respirar

Com mais tranqüilidade,

Ficando mais fácil raciocinar,

Como também a morrer de saudade.

Porém eu consigo, tento me controlar

Para não te encher, me prejudicar.

II

O tempo é escasso,

Uma futura ternura,

Seria tão excelso,

Não podemos aproveitar.

O tempo é ingrato,

Não jogando em meu favor,

Causando-me imenso furor

Esse pária, esse parvo.

Mas a volta por cima irei dar,

Nesse momento irei relaxar.

III

Somos parecidos e muito

Como um cão, como um gato,

Você é uma crente

E eu um ímpio.

Mas se deus é um ser existente,

O que não posso negar, nem aceitar,

Somente duvidar,

Ele iria apreciar esse afeto.

No céu iremos entrar

Léus num eterno gozar.

IV

Esses carinhos que só você sabe fazer

Faz-me arrepiar todo,

A sensação é de cair de um rochedo,

Voando, eternamente, livre.

Eu já sou um pouco violento,

Em seu pequeno colo,

Um pequeno torcicolo,

É isso que eu gosto.

O que fazemos na cama?

Com certeza é uma pugna.

Henhippe
Enviado por Henhippe em 17/10/2010
Código do texto: T2561725
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