Amor errante
Vou por tuas correntezas,
Como barco sem destino,
Tal qual pirata clandestino
Que divaga em incertezas...
Há um oceano de promessas
E deleites de teu oásis puro,
Fiz do teu véu porto seguro,
Maior das minhas fraquezas...
Nos teus braços fiz morada,
Repousei no teu roseiral
Não ser mais um vendaval
Rumando pro eterno nada...
Quem nasceu pra ser errante
Nunca pode viver aportado,
Seu caminho já está marcado,
Ser só uma onda sussurrante
Vai e vem repentinamente
Como voraz lobo solitário
Para a lua oferta simplório
Amor tão devotadamente...
Espalhando aos quatros ventos
A todos os cantos do mundo,
Aquele uivo meio moribundo,
Mas repleto de sentimentos...