Angustia

Descrever esse sentimentalismo que afaga meu peito,

é mais difícil do que tentar explicar a essência

da pós-morte, como um lugar perfeito.

Me distancio do teu olhar achando que nosso desejo,

não poderia se propagar,

mas é como um raio que atravessa uma grande distância,

em milésimos de segundos.

Minha garganta seca,

quando penso em te falar tudo que sinto,

do esplendor de um céu estrelado,

das muitas noites que passo solitário.

Mas, não estou sozinho,

quando percebo que meu coração,

bombardeia de emoção,

com a tua presença inesperada,

e num toque de mágica,

difícil de ser explicado pela física,

sinto o presente movimento do teu corpo,

na minha frente, algo contundente.

Meu corpo eletrifica,

uma energia incalculável movimenta meus desejos,

despertando toda minha coragem,

tento não aspirar o teu aroma,

pois, já o sinto de longe,

é como se me perseguisse,

me domasse, me ferisse.

Meus pensamentos são direcionados,

a gênese do pecado,

num clima hibernal,

meu corpo é condicionado,

dependente do teu calor mesmo aprisionado,

numa angustia profunda,

me atrevo a falar do amor que sinto,

se errado, um dia há de ser superado...

Rogildo de Oliveira
Enviado por Rogildo de Oliveira em 15/10/2010
Reeditado em 04/03/2012
Código do texto: T2557397
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