Manabu Mabe,
verde (abstrato).
ASSIM VERDE
Porque te vejo negro!
pálido, obscuro,
porque maldito e impuro,
verde sangue,
na alma te pintei de azul!
Verde rosto, verde feno,
verde tinto, amarelo veneno,
cálice de sombras,
te pintei o pó!
Assim mortífero, assim nú,
verde-ébano, verde- crú,
no inferno de Dante,
entre os meus arfantes seios,
de verde-leite, lírio e azeite,
de alma-verde,te amamentei ó Jó!
Ah...impudico verde de cinza errante,
que ainda respinga com essa luz vazante,
reflexos fugidios desse azul alado.
Mariposas dançam, negro é o telhado,
a noite é sempre verde, de azul molhado,
refletindo em gotas este negro prisma,
este insólito verde, que do azul do céu não cisma.
Verde-sol, verde-morte,
verde barro,
porque te vejo negro,
na alma
te pintei de azul!
(D.A.reservados)
verde (abstrato).
ASSIM VERDE
Porque te vejo negro!
pálido, obscuro,
porque maldito e impuro,
verde sangue,
na alma te pintei de azul!
Verde rosto, verde feno,
verde tinto, amarelo veneno,
cálice de sombras,
te pintei o pó!
Assim mortífero, assim nú,
verde-ébano, verde- crú,
no inferno de Dante,
entre os meus arfantes seios,
de verde-leite, lírio e azeite,
de alma-verde,te amamentei ó Jó!
Ah...impudico verde de cinza errante,
que ainda respinga com essa luz vazante,
reflexos fugidios desse azul alado.
Mariposas dançam, negro é o telhado,
a noite é sempre verde, de azul molhado,
refletindo em gotas este negro prisma,
este insólito verde, que do azul do céu não cisma.
Verde-sol, verde-morte,
verde barro,
porque te vejo negro,
na alma
te pintei de azul!
(D.A.reservados)