LEMBRANÇAS MELANCÓLICAS DA SOLIDÃO (PARTE II)

Tudo se apagou.

Não vi mais nada, escuridão total.

O chão me faltou.

Caí livremente para o nada.

O céu se fechou.

Nada além de escuridão.

Que sensação!

Perdição! Salvação!

Não havia solidão, não mais.

Os braços fortes me enlaçaram,

Me seguraram, me amorteceram.

Começava a enxergar um pouco de luz

No meio de tantas trevas.

O calor me aquecia

No meio da fria escuridão.

Senti o meu coração bater mais forte.

Agarrei-me àquela coluna de proteção,

Àquele tronco no meio do mar,

Com toda a força de meus braços.

Fui arrancada daquela queda tempestuosa

E os meus pés firmados.

Minha mão segura, meu espírito calmo

Na quentura daqueles olhos,

Da cor do fogo, que senti arder em meu peito.

Débora Falcão
Enviado por Débora Falcão em 14/10/2010
Código do texto: T2555683
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