LEMBRANÇAS MELANCÓLICAS DA SOLIDÃO (PARTE I)
Sozinha, eu? Imagina!
Com o mundo girando à minha volta,
Pensava comigo mesma.
Onde estaria eu naquela hora?
Tão leve, tão solta,
Esperando sem demora
Um sorriso que fosse, um abraço
Que me tirasse daquele mormaço,
Daquele fracasso, daquele cansaço...
Que me desse uma vida, um sentido
De viver, segurança e felicidade!
Sozinha, eu? Imagina!
Vales profundos de minha alma,
De um verde escuro e penetrante,
Me chamando pra correr intrepidamente
Sem olhar pra trás, sem ver o chão
Decolar devagar, voar cada vez mais alto
E tudo me sugava, me chamava, me atraía...
Eu não poderia jamais dizer não.
Sozinha, eu? Imagina!