Sensitiva
Nos meandros da ternura antiga
Abre-se a ferida , dorida
De um amor contido,
Uma corola esmaecida
Reverbera na sincronia da vida.
O poeta espreita a beleza
De cada botão que brota,
Sorvendo as cores estonteantes
Do jardim , dos colibris.
A amada perfumada,
De silenciosa beleza,
Navega no universo embevecido.
Amor perfeito, rosa, margarida,
Cada uma cumpre seu papel.
A noite elas se fecham para sonhar.
O azul se esconde na noite rubra.
GARDÊNIA SP 12/10/2010