Solidão
Sei que no parado das horas
entre sombras e aromas de urze
me liberta a noite
do rigor do caminho
Corpos sem nome e sem rosto
vestem a seda da tua pele
nos sons do escuro
mas é a ti que procuro
em qualquer tempo
e teus são os beijos que colho
estranhos
noutras bocas
Só a noite me liberta
da solidão do destino