Solidão

Sei que no parado das horas

entre sombras e aromas de urze

me liberta a noite

do rigor do caminho

Corpos sem nome e sem rosto

vestem a seda da tua pele

nos sons do escuro

mas é a ti que procuro

em qualquer tempo

e teus são os beijos que colho

estranhos

noutras bocas

Só a noite me liberta

da solidão do destino

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 12/10/2010
Código do texto: T2551681
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