SEM REGISTRO.

Estou ficando velho e com medo.

Em seu dia nem pude ao menos dizer olá.

Nas mãos o símbolo de nosso amor,

No peito a busca desesperada pelo ar que me falta. Não raciocínio.

Onde errei? O que não fiz? Porque parei?

Estou ficando velho e com medo.

Nas mãos o pretexto, a desculpa, a discórdia.

Meu cerne esta aberto a tua disposição, entre.

Devaste o pouco de vida que ainda existe, sugue o ultimo suspiro para que não possa ver os teus olhos com lágrimas, exploda dentro de mim sua emoção. Permita minha entrada no buraco negro, no vão sem volta.

Estou ficando velho e com medo.

Consumo-me na duvida. E nem se quer tenho coragem de ver minha face no espelho. (frio)

Pergunto, ou não?

Porque não nessa vida, porque não neste momento, porque esperar um novo amanhecer.

Estigma,

Não posso deixar, não existe mais tempo, não posso mais esperar.

Não posso mais permitir que fique impune em meu iceberg pulsante. É hora de sair.

Regozijo,

Como nunca, a quero intensamente.

A muralha foi ao chão, não era necessário mais foi. Cresceu além dos muros de meu vazio.

Estou ficando velho e com medo.

Somente o sorriso, somente a saudade, somente o olhar. Não posso ter.

Pergunto, ou não?

És que finda o conto; oh princesa!

Como ficamos? No sim no não.

Que se cale o talvez, extirpemos o tempo; eis que chega à hora. (lágrima)

O que tens a dizer?Oh! Semidéia. Irei apenas até o verde de teus olhos, desta vez não irei entrar. Eis que deixo a mostra minha benevolência ao seu pedido, eis que fico ao seu dispor.

Lembra-te do que foi dito.

Lembra-te do riso; do fixo olhar, daquela lua que estava lá.

Lembra-te, Faço ser feliz.

Lembra-te apenas peço nunca deixe de sorrir.

Estou ficando velho e com medo.

O pulso finda, o moribundo olhar estagna, mas aguardo.

A metade não pode partir ainda falta à sentença.

Vem, agracia minha alma, ilumina-me com teu olhar, sorria para que eu possa descansar.

Diga-me:

E agora que ponto iremos colocar