A CHUVA VEM DIZER

Cai lá fora a chuva,

com seu chiado e toda bela,

bate na janela clara,

como se você me lembrar o nome dela.

Ela vem no meu descanso,

quando não mais danço,

vem de forma branda,

e enche a varanda de convites.

Vem como ciranda,

sobre quem anda na rua,

ditando os desejos da lua,

de Luanda, essa escrava pura.

E martelando me chama,

à fogo em chamas, para amar,

a menina que de lá está

a dizer-me que me ama.

INSPIRAÇÕES. Edinaldo Formiga. São Paulo:28/09/10.

Edinaldo Formiga
Enviado por Edinaldo Formiga em 10/10/2010
Código do texto: T2549466
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