DESEJOS AO VENTO
Sou por essência ilimitado
Vivo em todos os sentidos
Múltiplos desejos incontidos
Nada de verdades inventadas
Ou mentiras de dourar a pílula
Aprecio o desejo escancarado
Sinto um amor despudorado
Que canto em noites enluaradas
Tiro da sacola e dedilho a viola
Nem me venha com marolas
Não desisto fácil das batalhas
Nem procuro escape nos atalhos
Não suporto engolir o meu grito
Viro bicho a desafiar o medo
Abro mão de tudo pelo teu riso
Não camuflo meus improvisos
Poetar é o meu vício e paraíso
Ao ficar aflito... Logo despisto
Apuro a vista e sigo a tua pista
Para ir de encontro aos teus braços
Sacio-me nos teus beijos e abraços
Meu sonho é tê-la em enlaces
Quero ganhar-te pela doçura
Invisto em olhares de ternura
Só me sacio na tua delicadeza...
Quero roçar esta pele na tua nua
E que me digas: Quero ser SUA!
Hildebrando Menezes