O DEVIR
Quando vem do céu surgir
a claridade do dia,
“este é o meu momento de Maria”;
quando pode então brilhar
a intensidade da luz,
“esta é a tua hora de Jesus”;
quando sou em meu olhar
o clamor dos olhos teus,
“isto é a nossa volta para Deus”.
Sobe, corpo em oração!
para ter, perceber, sentir...
e, depois, partir;
desce, pulso da emoção!
para ver a grandeza do mundo,
em teu ser, fluir.
Faz-se assim o verbo,
sem pensar ou falar, nem pedir,
é a graça da simples criança,
a chorar e a sorrir;
é o céu, é o chão...
é a vida, deixe-a florir,
pois, com ela,
vem a eterna força de Deus,
o Devir.
Nota do autor:
“Confundem-se, neste poema, os conceitos referentes a Deus e Devir.”