O DEVIR

Quando vem do céu surgir

a claridade do dia,

“este é o meu momento de Maria”;

quando pode então brilhar

a intensidade da luz,

“esta é a tua hora de Jesus”;

quando sou em meu olhar

o clamor dos olhos teus,

“isto é a nossa volta para Deus”.

Sobe, corpo em oração!

para ter, perceber, sentir...

e, depois, partir;

desce, pulso da emoção!

para ver a grandeza do mundo,

em teu ser, fluir.

Faz-se assim o verbo,

sem pensar ou falar, nem pedir,

é a graça da simples criança,

a chorar e a sorrir;

é o céu, é o chão...

é a vida, deixe-a florir,

pois, com ela,

vem a eterna força de Deus,

o Devir.

Nota do autor:

“Confundem-se, neste poema, os conceitos referentes a Deus e Devir.”

Roberto Armorizzi
Enviado por Roberto Armorizzi em 08/10/2010
Código do texto: T2544201
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