O Amor deveria ser Assim…
Há um brilho
No lugar comum
Que muito provavelmente
É o teu olhar
Que é a parte mais bela que tens
E que teimosamente
Te dá prazer em ocultar
Não sabendo se gostas realmente de fazer tal
Se o fazes
Por medo que vejam quem tu és
Com medo que alguém
Te possa magoar…
E assim entras em jogos
Da suprema ocultação
Onde perdes o sentido da tua essência
Onde ouves e segues uma voz que é dos outros
E que julgas ser tua
Ignorando por isso
A voz realmente importante
A voz do coração…
Olhando o amor
Como algo mais
Em tantas coisas mais
E não como a principal
Sendo somente mais um objecto
Que usas como mais uma decoração
Perdendo então
O sentido de quase tudo
Sendo por isso
Apenas mais uma no meio da multidão…
E é por isso
Que nunca seremos um só
Que seremos sempre duas entidades
Tão perto demasiado longe
Pela linear e demasiado complexa razão
De não me conseguires entender
Não entendes que sigo
E me oriento pelo amor genuíno e perene
E não por meramente
Quem me dá temporariamente
A sua atenção…