QUANDO SE PERDE UM OURO
Arfava em prantos, o peito claudicando
Aos sons das trombetas, vias me triste...
Com os olhos em lágrimas chorando,
Ao romper da aurora, tu partiste.
Nem o cantar das aves pude ouvir,
Nem pude ouvir o silêncio em tua boca,
Não pude às extremas hora decidir...
Fitava-te apenas como um louco.
E tu silenciosa ao leito, e branda,
E serena como as flores matinais,
Teus olhos nos meus olhos vi brilhando,
Gritavas dores dos teus tristes ais...
Flavas apenas de um amor insano,
Falavas de mim, e ninguém mais...