QUANDO SE PERDE UM OURO

Arfava em prantos, o peito claudicando

Aos sons das trombetas, vias me triste...

Com os olhos em lágrimas chorando,

Ao romper da aurora, tu partiste.

Nem o cantar das aves pude ouvir,

Nem pude ouvir o silêncio em tua boca,

Não pude às extremas hora decidir...

Fitava-te apenas como um louco.

E tu silenciosa ao leito, e branda,

E serena como as flores matinais,

Teus olhos nos meus olhos vi brilhando,

Gritavas dores dos teus tristes ais...

Flavas apenas de um amor insano,

Falavas de mim, e ninguém mais...

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 06/10/2010
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