Buscando na Morte a Paz...
(Nota: achei esta velha poesia entre
antigos rascunhos. Resolvi publicá-la
porque fazem parte de minha história
de vida, embora esta fase já tenha sido
superada.)
Esperança... Que hoje é realmente
ESPERANÇA!...
Sinto-me fraca neste deserto andado...
Busco o futuro que não mais terei
A noite é fria e o dia quente
Perdida estou. Perdida ficarei...
Quem sabe o mar, que acolhe as almas todas,
E as purifica com sua água e sal
Acolha a minha, gota de orvalho,
E a absorva num mundo real...
Quem sabe à noite, no seu verso adverso,
Recolha o sonho que minh’alma tem...
Leve-me o pranto e todo o desdém
Que tenho recebido neste mar sem rei...
Sinto-me fraca neste deserto andado...
Não há similitude a esta dor, eu sei...
O fardo é pesado, não tenho mais forças,
Eu estou perdida e perdida ficarei...
Suspiros tristes hoje são meus ais
De uma dor que tenho e que não passa mais...
Se tu me les, dá-me um aceno,
De esperança, pois certo é que a matei,
Esperando em vão o que não mais terei...
... Eis que surge ao longe uma Luz brilhante
Muito amorosa que ao meu encontro vem:
- Minha menina de cabelos brancos,
Vem para meus braços, eu te confortarei...
A Luz me invade e me percorre o corpo
Deito em ser regaço: Em Paz eu dormirei...