Buscando na Morte a Paz...

(Nota: achei esta velha poesia entre

antigos rascunhos. Resolvi publicá-la

porque fazem parte de minha história

de vida, embora esta fase já tenha sido

superada.)

Esperança... Que hoje é realmente

ESPERANÇA!...

Sinto-me fraca neste deserto andado...

Busco o futuro que não mais terei

A noite é fria e o dia quente

Perdida estou. Perdida ficarei...

Quem sabe o mar, que acolhe as almas todas,

E as purifica com sua água e sal

Acolha a minha, gota de orvalho,

E a absorva num mundo real...

Quem sabe à noite, no seu verso adverso,

Recolha o sonho que minh’alma tem...

Leve-me o pranto e todo o desdém

Que tenho recebido neste mar sem rei...

Sinto-me fraca neste deserto andado...

Não há similitude a esta dor, eu sei...

O fardo é pesado, não tenho mais forças,

Eu estou perdida e perdida ficarei...

Suspiros tristes hoje são meus ais

De uma dor que tenho e que não passa mais...

Se tu me les, dá-me um aceno,

De esperança, pois certo é que a matei,

Esperando em vão o que não mais terei...

... Eis que surge ao longe uma Luz brilhante

Muito amorosa que ao meu encontro vem:

- Minha menina de cabelos brancos,

Vem para meus braços, eu te confortarei...

A Luz me invade e me percorre o corpo

Deito em ser regaço: Em Paz eu dormirei...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 06/10/2010
Código do texto: T2541567
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