Não sei por quê

Cibele Carvalho

 

 

Não sei por que entraste no meu sonho

e ocupaste todos os lugares

- foi invasão de privacidade,

possessão de mente, na verdade.

 

Nós nos juramos ser, somente,

objetos de alívios sensuais

mas, a cada dia, entre a gente

a afinidade cresce, um pouco mais.

 

Não sei por que deixei-me envolver

quando eu sabia não poder

ter-te, para mim, integralmente.

 

Passo meus dias a contar os dias,

revivendo as muitas alegrias

dos momentos existentes entre a gente.

 

Esse desfilar de cenas só acaba

ao ter-te em meus braços, novamente.

 

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RJ, 01/10/10

Poesia constante da

 Ciranda - Não sei por que -

da Socorro Lima Dantas