A MULHER QUE AMO

Amo-te, mulher que amo,

simplesmente, amo-te

Por tudo aquilo que fui, sou

e ainda serei

Amo-te ante esta luz que me ilumina

e também entre as sombras onde me escondo

Amo esta carne que te revestes,

o cheiro de tuas palavras

e todas as horas de tuas chegadas

Amo-te, mulher que amo,

porque tudo que sei

se resume ao que sinto,

pelo tempo de agora não ser mais perdido

e por ser o teu nome não mais

que o mais íntimo dos meus gritos

Amo-te, mulher que amo,

acima das folhagens mortas

de qualquer estação,

pelo que não encontro de mim

em teu ser

e pelas trilhas todas

que tens este teu corpo a me oferecer

Amo-te, mulher que amo, assim,

deste jeito que bem és;

endemoniadamente santa,

infinitamente, mulher

Marcelo Roque
Enviado por Marcelo Roque em 05/10/2010
Reeditado em 23/08/2011
Código do texto: T2540020