O tanto que faltou ser!

O tanto que faltou ser!

Na primavera do passado ano

Naquela tarde, se eu soubesse

Eu não teria ido, quem sabe nem da cama levantado!

Tudo pra me manter longe

Longe daquele lugar, daquela praia!

Daquele mundo que me trouxe você!

Sinto muito, mas às vezes o pouco amor

É o suficiente pra quem ainda sim, diz poder amar tanto!

Foram momentos silenciosos

Momentos sozinhos de choro, momentos de espera

De um prazer que se quer foi conhecido.

Nem mesmo quem me ler nesse poema

Vai saber o quão senti sua falta!

O quanto chorei

O quanto desejei

O quanto faltou ser!

As quantas intermináveis noites

Sentei naquela praia e te esperei chegar!

Eu pensei em morrer de tanta saudade

Por vezes não parecia caber

E eu?

Sobrevivi molhado em lágrimas e chuva

Ali sentado,sujo de areia e salgado das ondas

Que insistiam em molhar meus pés

Noites de pés molhados e olhos cansados!

Do céu ao inferno em trinta dias

E doze meses pra sofrer, pra ter medo!

Pra duvidar

Pra dizer não me ame, não minta!

Pra chorar a ultima vez e dizer não!

Como em toda primavera

Setembro chega com novas flores

Trás um vento suave e um cheiro bom

Em meio a minha desordem

Ainda lembro das promessas!

Não me escondo do medo de chorar

Uma vida sem você em apenas um ano!

Mas na nova primavera

Noite cai pra levar de vez o que eu vivi!

Walace Rodrigues

Wall Rodrigues
Enviado por Wall Rodrigues em 04/10/2010
Código do texto: T2537855