O tanto que faltou ser!
O tanto que faltou ser!
Na primavera do passado ano
Naquela tarde, se eu soubesse
Eu não teria ido, quem sabe nem da cama levantado!
Tudo pra me manter longe
Longe daquele lugar, daquela praia!
Daquele mundo que me trouxe você!
Sinto muito, mas às vezes o pouco amor
É o suficiente pra quem ainda sim, diz poder amar tanto!
Foram momentos silenciosos
Momentos sozinhos de choro, momentos de espera
De um prazer que se quer foi conhecido.
Nem mesmo quem me ler nesse poema
Vai saber o quão senti sua falta!
O quanto chorei
O quanto desejei
O quanto faltou ser!
As quantas intermináveis noites
Sentei naquela praia e te esperei chegar!
Eu pensei em morrer de tanta saudade
Por vezes não parecia caber
E eu?
Sobrevivi molhado em lágrimas e chuva
Ali sentado,sujo de areia e salgado das ondas
Que insistiam em molhar meus pés
Noites de pés molhados e olhos cansados!
Do céu ao inferno em trinta dias
E doze meses pra sofrer, pra ter medo!
Pra duvidar
Pra dizer não me ame, não minta!
Pra chorar a ultima vez e dizer não!
Como em toda primavera
Setembro chega com novas flores
Trás um vento suave e um cheiro bom
Em meio a minha desordem
Ainda lembro das promessas!
Não me escondo do medo de chorar
Uma vida sem você em apenas um ano!
Mas na nova primavera
Noite cai pra levar de vez o que eu vivi!
Walace Rodrigues